50 anos do HOMEM NA LUA: um olhar sobre o passado e o futuro
No momento que escrevo esse texto, o mundo está celebrando os 50 anos de um feito tão grandioso que até hoje muitos duvidam que realmente tenha acontecido.
Há 50 anos, a maioria dos habitantes desse planeta estavam na expectiva de presenciar um momento que entraria para a História. A humanidade iria pisar na Lua.
A 1ª pegada na Lua |
Dois representantes do nosso mundo pousavam pela primeira vez em um
outro mundo. Naquele momento, eles eram as pessoas que mais distante
estavam de casa, que sentiram a solidão no sentido mais humano.
A Lua sempre esteve no céu das nossas noites, povoando nossos mitos e religiões. Sempre fez parte do nosso imaginário como um lugar presente, mas inacessível para nós, tão mágico que poderíamos acreditar que fosse povoado por qualquer divindade, e já acreditamos mesmo. Na mitologia grega, Selena, a personificação da Lua, ao se por no céu, toda noite tocava numa montanha para beijar seu grande amor, que num sono eterno, preserva uma juventude imortal. No Brasil, as religiões africanas levaram São Jorge, um dos mais adorados santos do cristianismo, até a Lua, fazendo lá sua morada.
Já quando o italiano Galileu, ao observar a Lua pelo seu rudimentar telescópio, descobriu que ela não era perfeita, como se esperava ser uma criação divina, criou assim o início do seu inferno pessoal que levaria a própria morte. A Lua apresentava montanhas e crateras, algo imperdoável.
A Lua sempre esteve no céu das nossas noites, povoando nossos mitos e religiões. Sempre fez parte do nosso imaginário como um lugar presente, mas inacessível para nós, tão mágico que poderíamos acreditar que fosse povoado por qualquer divindade, e já acreditamos mesmo. Na mitologia grega, Selena, a personificação da Lua, ao se por no céu, toda noite tocava numa montanha para beijar seu grande amor, que num sono eterno, preserva uma juventude imortal. No Brasil, as religiões africanas levaram São Jorge, um dos mais adorados santos do cristianismo, até a Lua, fazendo lá sua morada.
Já quando o italiano Galileu, ao observar a Lua pelo seu rudimentar telescópio, descobriu que ela não era perfeita, como se esperava ser uma criação divina, criou assim o início do seu inferno pessoal que levaria a própria morte. A Lua apresentava montanhas e crateras, algo imperdoável.
Neil Armstrong, Mike Collins e Buzz Aldrin |
A humanidade evoluiu e em um contexto histórico único, dois países que ao mesmo tempo ameaçavam a sobrevivência da nossa espécie numa Guerra Fria e um holocausto atômico, criaram os caminhos para que pudéssemos chegar à Lua.
É impossível não comparar a ida do homem a Lua com as grandes navegações, tanto pela motivação de supremacia quanto pela grandeza do feito.
O que mais impressiona nessas datas históricas é a possibilidade de observarmos onde nós estávamos e como evoluímos.
Até um século antes do lançamento da Apollo 11, um observador acharia um negro escravo no Brasil, sem que isso fosse minimamente questionado, exceto por pouquíssimas pessoas. A primeira tabela periódica tinha acabado de ser compilada e há pouco tínhamos entendido a eletricidade e magnetismo.
Do primeiro voo de Santos Dumont até a primeira pegada na Lua se passaram apenas 63 anos. Hoje, nossa expectativa de vida é maior do que isso.
Buzz Aldrin |
Eu acredito que a humanidade evoluiu como espécie com a chegada à Lua. Conseguimos demonstrar que somos fantásticos quando queremos ser, que conseguimos fazer proezas que nossos antepassados ficariam assombrados. Quando deixamos de lado o instinto primitivo que nos acompanha como resquício de uma evolução biológica, tentando nos lembrar que passamos milhares de anos em selvas lutando pela sobrevivência, vemos que provavelmente nossa espécie e o lugar que ela chegou pode ser uma raridade em todo esse Universo que promete vida em cada esquina da galáxia, mas que até hoje só nos deu um silêncio.
Para que sobrevivamos a longo prazo, a chegada do homem na Lua tem que ter sido apenas o início de uma exploração que nos ajudará a manter bases da nossa espécie longe do nosso planeta-mãe quando ele cansar de nos dar sinais de esgotamento ou quando nossa loucura acabar com nós mesmos. A bomba já armada da mudança climática, epidemias globais, guerras atômicas, impacto de asteroides. Esses são apenas alguns exemplos de como é imperativo à nossa espécie a exploração espacial.
É plenamente possível que a minha geração veja a chegada do homem em Marte e a construção das primeiras bases permanentes na Lua. Olharemos toda noite para o céu e saberemos que a Lua, antes habitada por deuses e santos, agora será a morada de humanos. Já tem anos que nós mantemos uma estação espacial, ininterruptamente habitada, na órbita do nosso planeta e às vezes vemos a sua passagem iluminar o céu.
Por fim, acredito que nossos descendentes lembrarão dessa data como o dia em que a humanidade conquistou a maioridade como espécie.
- Escrito por Otávio J. Ângelo, para o Da Terra Para As Estrelas, em 20 de julho de 2019.
FRASES DE NEIL ARMSTRONG, o 1° homem a pisar na Lua:
“Houston, base da Tranquilidade aqui. A Águia pousou”, no instante do pouso do Módulo Lunar.
“É um pequeno passo para um homem, um grande salto para a Humanidade”, ao deixar a primeira pegada na Lua.
"De repente eu notei que aquela pequena e bela ervilha azul era a Terra. Eu levantei meu dedão e fechei um olho, e meu dedão cobriu totalmente a Terra. Eu não me senti um gigante. Me senti muito, muito pequeno."
50 anos do HOMEM NA LUA: um olhar sobre o passado e o futuro
Reviewed by OTÁVIO JARDIM ÂNGELO
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18:05
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