Johannes Kepler: o homem que colocou ordem nos planetas
o astrônomo que lançou as leis do movimento planetário
Nesse fim de semana (sábado, dia 27) foi o aniversário de nascimento do astrônomo austríaco Johannes Kepler. A seguir um pouco de sua biografia e obra, que não podem ser dissociadas de Tycho Brahe, cujas observações foram cruciais para o desenvolvimento de seu trabalho.
Em 11 de novembro de 1572, o astrônomo dinamarquês Tycho Brahe, 25 anos, faz a primeira descoberta de uma supernova. Ao provar geometricamente que aquele objeto brilhante e novo no céu estava pelo menos tão distante da Terra quanto qualquer estrela, efetuou um marco contra o postulado da época de que o céu era um retrato da perfeição: eterno e imutável. Logo depois de escrever um livro sobre isso, ganhou o reconhecimento do rei da Dinamarca que o condecorou com um feudo onde ergueu um grande observatório. Nele desenvolveu seus próprios equipamentos e assim pôde observar com precisão melhor as órbitas celestes, do que qualquer astrônomo de seu tempo. Ele visava provar que todos os planetas giravam em torno do Sol, exceto a Terra. Achava o modelo heliocêntrico de Copérnico, um tanto romântico. Compartilhe no Facebook: http://migre.me/nOVC7
Suas observações chamaram atenção de Johannes Kepler, que aos 25 anos era professor de matemática na cidade Graz, na Áustria e muito interessado na ideia de Copérnico. Kepler queria provar sua teoria que relacionava as órbitas dos planetas a figuras geométricas, expressa em Mistério Cosmográfico-1596, para tanto acreditava que os dados de Tycho ajudariam.
Já Tycho precisava de um matemático bastante talentoso para interpretar suas observações. Só assim sua teoria poderia ser provada. Em 1600, o famoso astrônomo chamou Kepler para ser seu assistente. Um ano depois Tycho morre e Kepler herda seus manuscritos feitos em 38 anos de observações, nos quais se debruça pelos 20 anos seguintes. O planeta para o qual havia o maior número de dados era Marte. Kepler conseguiu determinar as diferentes posições da Terra após cada período sideral de Marte, e assim conseguiu traçar a órbita da Terra. Percebeu que essa órbita se aproximava muito de um círculo excêntrico, isto é, com o Sol um pouco afastado do centro. E rapidamente descobriu que uma elipse ajustava muito bem os dados, com a posição do Sol coincidindo com um dos focos.
A infância de Kepler foi muito conturbada e quase todas as informações sobre sua vida vem de um "horóscopo" genealógico, feito pelo próprio Kepler aos 26 anos. Filho de família pobre, ele descreveu o pai como "homem vicioso, inflexível, briguento e destinado a um péssimo fim". A mãe, que foi acusada de bruxaria e quase foi parar na fogueira, ele descrevia como "pequenina, delgada, faladeira e de mau-caráter". Ele foi doente, da infância até a sua morte: teve problemas de visão, de pele e intestinais.
Curiosamente, ele nunca foi um bom observador do céu, devido a sua visão múltipla. Trabalhou na infância, numa taverna e como operário agrícola. Talvez a única sorte de Kepler foi ter nascido num local onde a reforma luterana levou o ensino obrigatório. Assim, sua inteligência foi premiada, e na infância foi para um seminário e depois para a Universidade. Lá ele pretendia ser teólogo, mas logo foi levado para a astronomia, devido a influência de um grande astrônomo na época, o Maestlin.
Seu casamento também foi conturbado, ele descrevia a esposa como "de temperamento estúpido, mau humor, solitária e melancólica", e que nunca reconheceu o trabalho do marido. Por fim, ela morreu epilética e louca, depois de um de seus filhos morrer.
Suas observações chamaram atenção de Johannes Kepler, que aos 25 anos era professor de matemática na cidade Graz, na Áustria e muito interessado na ideia de Copérnico. Kepler queria provar sua teoria que relacionava as órbitas dos planetas a figuras geométricas, expressa em Mistério Cosmográfico-1596, para tanto acreditava que os dados de Tycho ajudariam.
Já Tycho precisava de um matemático bastante talentoso para interpretar suas observações. Só assim sua teoria poderia ser provada. Em 1600, o famoso astrônomo chamou Kepler para ser seu assistente. Um ano depois Tycho morre e Kepler herda seus manuscritos feitos em 38 anos de observações, nos quais se debruça pelos 20 anos seguintes. O planeta para o qual havia o maior número de dados era Marte. Kepler conseguiu determinar as diferentes posições da Terra após cada período sideral de Marte, e assim conseguiu traçar a órbita da Terra. Percebeu que essa órbita se aproximava muito de um círculo excêntrico, isto é, com o Sol um pouco afastado do centro. E rapidamente descobriu que uma elipse ajustava muito bem os dados, com a posição do Sol coincidindo com um dos focos.
A infância de Kepler foi muito conturbada e quase todas as informações sobre sua vida vem de um "horóscopo" genealógico, feito pelo próprio Kepler aos 26 anos. Filho de família pobre, ele descreveu o pai como "homem vicioso, inflexível, briguento e destinado a um péssimo fim". A mãe, que foi acusada de bruxaria e quase foi parar na fogueira, ele descrevia como "pequenina, delgada, faladeira e de mau-caráter". Ele foi doente, da infância até a sua morte: teve problemas de visão, de pele e intestinais.
Curiosamente, ele nunca foi um bom observador do céu, devido a sua visão múltipla. Trabalhou na infância, numa taverna e como operário agrícola. Talvez a única sorte de Kepler foi ter nascido num local onde a reforma luterana levou o ensino obrigatório. Assim, sua inteligência foi premiada, e na infância foi para um seminário e depois para a Universidade. Lá ele pretendia ser teólogo, mas logo foi levado para a astronomia, devido a influência de um grande astrônomo na época, o Maestlin.
Seu casamento também foi conturbado, ele descrevia a esposa como "de temperamento estúpido, mau humor, solitária e melancólica", e que nunca reconheceu o trabalho do marido. Por fim, ela morreu epilética e louca, depois de um de seus filhos morrer.
A seguir suas 3 Leis do Movimento Planetário, (princípio que todo entusiasta da astronomia deve saber):
· Lei das órbitas elípticas (Astronomia Nova, 1609): A órbita de cada planeta é uma elipse, com o Sol em um dos focos. Como consequência da órbita ser elíptica, a distância do Sol ao planeta varia ao longo de sua órbita.
· Lei da áreas (1609): A reta unindo o planeta ao Sol varre áreas iguais em tempos iguais. O significado físico desta lei é que a velocidade orbital não é uniforme, mas varia de forma regular: quanto mais distante o planeta está do Sol, mais devagar ele se move. Dizendo de outra maneira, esta lei estabelece que a velocidade areal é constante.
· Lei harmônica (Harmonices Mundi, 1618): O quadrado do período orbital dos planetas é diretamente proporcional ao cubo de sua distância média ao Sol. Esta lei estabelece que planetas com órbitas maiores se movem mais lentamente em torno do Sol e, portanto, isso implica que a força entre o Sol e o planeta decresce com a distância ao Sol.
Os últimos anos de vida não foram menos infelizes. Ele era tratado como filho de feiticeira, era pobre e mal pago. Ele morreu numa viagem na qual tentava em vão obter o reembolso de um dívida, e por isso não conseguiu ver o trânsito de Mercúrio, que ele mesmo previu. Ao todo, escreveu 86 livros.
No seu epitáfio, está escrito: "Os Céus medi, e agora meço as sombras/ meu espírito ao céu esteve sempre preso/ e agora à Terra jaz meu corpo preso"
Atualmente o astrônomo alemão do século XVII, dá nome a um telescópio em uma sonda lançado ao espaço em 2009, e que conduziu com excelência a sua missão de tentar encontrar planetas similares a Terra. Ao longo de sua carreira, Kepler detectou 132 novos corpos celestes fora do nosso sistema solar.
Bibliografia:
Livros: Tycho e Kepler, Kitty Ferguson, Walker, 2002.
O Livro de Ouro do Universo, Ronaldo Mourão, 2000.
Sites: Movimento dos Planetas
Autores: Rayanne Mendes e Otávio Jardim
Fonte:
Blog Da Terra para as Estrelas
Johannes Kepler: o homem que colocou ordem nos planetas
Reviewed by Unknown
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23:08
Rating:
O conhecimento é sempre bem vindo.
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