Pela primeira vez China faz acoplagem de naves espaciais

O primeiro acoplamento espacial de duas naves espaciais chinesas, a Shenzhou 8 e a Tiangong 1, foi concluído com sucesso nesta quarta-feira (2) durante a órbita dos dois veículos não tripulados ao redor da Terra, segundo as imagens ao vivo exibidas pela emissora estatal chinesa 'CFTV'.
Os chineses planejam enviar outra missão tripulada (a 1ª foi em 2003) ao espaço ano que vem, construir uma estação espacial própria (já que os americanos não permitem a China participar da ISS) e começar uma exploração tripulada a Lua. Tudo isso até 2020.

Veja fotos no Estadão e saiba como o INPE, do Brasil ajudou essa acoplagem.


À 1h36 local de quinta-feira (15h36 de quarta-feira de Brasília), a Shenzhou 8 (que em mandarim significa "barco divino"), lançada nesta terça-feira, se acoplou ao módulo Tiangong 1 ("palácio celestial"), em órbita desde 29 de setembro, quando ambas sobrevoavam o território do país.
A operação foi acompanhada por especialistas do programa espacial e políticos, que a presenciaram do Centro de Controle Aeroespacial de Pequim.

Controlada a partir da Terra com ajuda de diversos centros de observação aeroespacial chineses (e um situado no Paquistão), a ação durou cerca de meia hora. Nela, a nave Shenzhou se aproximou do módulo, entrou em contato com ele e, em seguida, o atraiu para perto. Por fim, desdobrou um sistema de ganchos e completou o acoplamento.
Boa parte da cúpula do Partido Comunista Chinês, incluindo o primeiro-ministro Wen Jiabao, observou a complexa operação no centro espacial - com exceção do presidente Hu Jintao, que se encontra na França para a Cúpula do Grupo dos 20 (G20, bloco das principais nações ricas e emergentes).
As duas naves permanecerão unidas orbitando ao redor do planeta durante 12 dias e se separarão no próximo dia 14, quando voltarão a realizar um segundo acoplamento experimental, este mais curto (dois dias), antes que a Shenzhou retorne à Terra.
O evento foi comemorado pelas autoridades de Pequim como um grande passo nos planos do regime de criar uma futura estação espacial permanente da China. O país considera este projeto uma prioridade, assim como a exploração da Lua, e espera iniciá-lo por volta de 2020.
Com este programa, a China, terceiro país a levar um astronauta ao espaço, quer demonstrar que possui tecnologia suficiente para trabalhar em bases permanentes no espaço, diante das objeções de alguns países - como os Estados Unidos - a que Pequim participe da Estação Espacial Internacional (ISS).

Fonte: 
G1
Estadão
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